no Livro de Registo de Baptismos da Freguesia de Santa Cruz – Coimbra de 1899, Artur Paredes nasceu em Coimbra, no dia 10 de Maio de 1899, sendo filho do guitarrista Gonçalo Paredes e de Maria do Céu.
Da sua infância pouco se conhece. O Dr. Afonso de Sousa refere que foi duplamente órfão desde tenra idade, e que iniciou os estudos num colégio em Coimbra. No entanto, desconhecem-se referências ao facto de ter ou não frequentado o Liceu.
Apenas temos informações suas a partir dos anos vinte do Século XX, nomeadamente, quando contrai matrimónio na Freguesia da Sé, em Bragança, com a estudante da Faculdade de Letras Alice Candeias Duarte Rosas e no ano seguinte quando nasce o filho de ambos: Carlos Paredes. No registo de casamento já vem mencionado o ofício de “Empregado Bancário”, que terá sido a sua profissão pela vida fora pois, segundo José Niza, terá sido empregado do BNU em Coimbra, transferindo-se para Lisboa em 1934.
Quando terá começado a tocar Guitarra, também é uma incógnita, possivelmente através de influência familiar, visto ter nascido no seio de uma família de guitarristas. Certo é que em 1925 vai com a Tuna Académica da Universidade de Coimbra na célebre digressão ao Brasil. Além disso, segundo António Nunes, já tocava nos anos vinte do século XX, tendo tocado numa serenata em 1922 ou 1923, além de já ter um grupo de Fados de Coimbra composto pelos seguintes elementos: Roseiro Boavida, Aires Abreu, Edmundo Bettencourt e o próprio Artur Paredes.
Em relação ao Fado/Canção de Coimbra, transformou completamente a maneira de tocar Guitarra, contribuindo para o abandono progressivo da chamada “Guitarra Toeira de Coimbra” em proveito da Guitarra de Coimbra nas formas que actualmente conhecemos, mas não foi apenas isso. Também introduziu novos instrumentais da sua autoria ainda hoje tocados e de difícil execução.
Continuou sempre a tocar, mesmo já em Lisboa, sempre com o Dr. Afonso de Sousa como segundo Guitarra e já mesmo no final da vida, também o Dr. Octávio Sérgio foi seu segundo Guitarra.
Faleceu em Lisboa, na Freguesia de Anjos, a 20 de Dezembro de 1980, tendo por visita constante no Hospital o Dr. Octávio Sérgio que lhe terá reconhecido o corpo no dia em que faleceu.
A sua memória.